segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Pensamentos soltos

Abro os olhos e penso: parece que há algo em comum nas vivências daqueles que acordam após uma pré-morte:

- o reconhecimento da situação em que se encontra, retratado por um embaço da vista até se chegar à nitidez`.

- a busca na memória imagética (sempre em fragmentos) do que aconteceu, da derradeira lembrança, do último quadro antes do apagão.

Passa-se então por flashes de memória, à princípio desconexos, e talvez ao longo da narrativa esses fragmentos encontrem uma linearidade.

Será que percorremos toda nossa memória em apenas um minuto? Como se naquele minuto tudo fizesse sentido, porque construímos ou encontramos o fio da meada.

- A oposição do que se move e aquilo que está inerte. O que lembra está inerte, com os movimentos roubados ou tomados pelo fatídico acontecimento. No entanto em suas memporias há muito movimento.
Dessa relação de oposições ainda na busca pela total compreensão dos fatos há uma combinação quase que imperceptível entre imaginação e memória. Não sei bem se a palavra correta é combinação, talvezhaja uma mistura entre esses dois funcionamentos da mente. Mas o interessante é que dessa mistura entre imaginação e memória surge o onírico.

Talvez na ânsia de se encontrar esse sentido - que não existe em absoluto na natureza, o onírico crie um nexo para as lacunas da razão.

Sonho que matei um cão e o abracei, para explicar o sangramento no meu estômago do próprio acidente que sofri ( via láctea).

Cynthia
Domenico

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